Segundo Vera Valente, diretora executiva da FenaSaúde, “o resultado positivo demonstra que as pessoas, cada vez mais, reconhecem a importância da saúde suplementar e, mesmo em meio a uma crise como a atual, buscam acesso à qualidade da assistência prestada pelos planos e seguros de saúde privados”.
O intuito das operadoras da saúde suplementar é que ainda mais usuários possam contar com um plano de saúde privado. Esse tem sido o esforço das empresas associadas à FenaSaúde, no sentido de tornar seus produtos mais aderentes às necessidades de uma população heterogênea como a nossa e mais acessíveis num mercado de trabalho cada vez mais marcado pela informalidade.
Alta da sinistralidade
O ‘Boletim Covid-19’, divulgado pela ANS, também mostrou que, em dezembro, a utilização dos planos de saúde pelos beneficiários voltou a subir e superou o patamar de um ano antes.
Isso significa que os beneficiários estão usando o sistema privado mais do que usavam antes da pandemia, revertendo a expressiva queda relacionada com o novo coronavírus registrada no primeiro semestre do ano passado.
A sinistralidade – isto é, o percentual de receita operacional da saúde suplementar consumida para pagar os custos de assistência – chegou a 80% no último mês de 2020. Em junho passado, batera no piso de 62%, conforme a ANS.
Como exemplos, em dezembro a ocupação de leitos para atendimento à covid-19 alcançou o maior índice do ano e, pela primeira vez em 2020, a taxa de ocupação geral de leitos ficou acima do verificado no mesmo período em 2019. Serviços de apoio diagnóstico cresceram mais de 9% em relação a um ano antes.
Queda nas reclamações
A ANS também informou que, em dezembro, houve queda de 15,2% no total de demandas de reclamação de consumidores (assistenciais e não-assistenciais) registradas nos seus canais de atendimento em comparação ao mês anterior. Especificamente nos casos relacionados ao coronavírus, a redução desde julho chega a 66%, para apenas 1.173 reclamações num universo de 47,6 milhões de usuários.
Registre-se também que, segundo a ANS, 1,7 milhão de exames do tipo RT-PCR para detecção da covid e 235 mil exames sorológicos de identificação de anticorpos da doença foram cobertos pelos planos desde o início da pandemia.